
Mãe Mulher
Do que eu me lembro?
Uma jovenzinha assustada, com uma mistura de angustia e esperança no canto da sala. Com as duas mãos sobre a barriga move-as lentamente. Primeiro a mão esquerda depois a direita, depois a direita um pouco mais lenta e aí a esquerda sobre a direita .Dá dois leves toques com a mão esquerda sobre a mão direita na sua pequena barriga sob seu vestido de xita todo xadrezinho de azul e branco com a golinha branca de algodão.Você não parece triste.Mais tarde chega uma amiga e vocês conversam.Novamente você apalpa a sua barriga e aí sim fala de futuro sorri e abraça sua amiga e juntas choram um choro prazeroso de felicidade .Lhe fez bem a visita de sua amiga.Descobri mais tarde que quem causara tudo isto teria sido eu.
Mãe como estou feliz por você!
Do que lembro ainda?
Das mamadeiras para o intervalo de minhas mamadas que aconteciam entre solavancos e mordidas em seus peitos. Das fraldas encharcadas e lambuzadas com um cheiro enorme de uma pasta qualquer pasta nojenta e vencida, umedecida por outra coisa quente e também má cheirosa parecida com amoníaco. Do banho ensaboado cuidadosamente sem molhar meus olhos. Das suas noites mal dormidas por causa de minhas gripes e febres. Das idas ao médico. Do seu choro... Do meu choro com medo das agulhas. Das enfermeiras. Da catapora. Da Varicela. Do Sarampo. Da tosse cumprida. Do resfriado que logo passa.
Lembro de meus tombos do meu choro e de seu choro. De suas promessas para eu me curar. Das suas decepções, pois tivestes que me levar de volta ao médico.
Mãe como eu era feliz com estes teus cuidados!
Do que mais eu lembro?
De quando você voltava do seu trabalho, das balas doces que outros chamam de bombom, de meu primeiro brinquedo, das primeiras chuvas, da horta no fundo do quintal. Dos bolos feitos com carinho com fubá e cravo da Índia. Meu copo de leite quente numa noite fria. A sopa de legumes que você fazia. Minha roupa bem cuidada. Seu beijo na saída. Seu beijo na sua chegada. Seu beijo quando eu ia dormir. Seu bom dia no amanhecer. O meu primeiro puxão de orelhas. A primeira de várias séries de palmadas. Sua angustia. Seu sorriso.
Mais do que eu mais lembro?
Sua conversa com Deus quando falava de mim. Seus olhos úmidos. Seu soluço silencioso.
Sua inocência. Sua insistência. Seu amor por mim.
O que eu mais quero?
Que você seja feliz!
Não te ver sofre jamais!
Não importa sua cor, sua dor, seu credo, sua classe social, se almoçou, se jantou ou não, se mora na rua na lua ou numa mansão com lagos. Se és ou não no pensar de alguns ou de muitos boa ou má. Mas não existe uma mãe má.
Minha homenagem?
Eu não consigo homenagear uma mãe.
Mãe não é só isto! Mãe é renuncia, é pureza, é arte ser mãe.
Para homenageá-la, quero niná-la como fizeste comigo assim... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... E baixinho poder dizer-lhe felicidade filhinha!
Do que eu me lembro?
Uma jovenzinha assustada, com uma mistura de angustia e esperança no canto da sala. Com as duas mãos sobre a barriga move-as lentamente. Primeiro a mão esquerda depois a direita, depois a direita um pouco mais lenta e aí a esquerda sobre a direita .Dá dois leves toques com a mão esquerda sobre a mão direita na sua pequena barriga sob seu vestido de xita todo xadrezinho de azul e branco com a golinha branca de algodão.Você não parece triste.Mais tarde chega uma amiga e vocês conversam.Novamente você apalpa a sua barriga e aí sim fala de futuro sorri e abraça sua amiga e juntas choram um choro prazeroso de felicidade .Lhe fez bem a visita de sua amiga.Descobri mais tarde que quem causara tudo isto teria sido eu.
Mãe como estou feliz por você!
Do que lembro ainda?
Das mamadeiras para o intervalo de minhas mamadas que aconteciam entre solavancos e mordidas em seus peitos. Das fraldas encharcadas e lambuzadas com um cheiro enorme de uma pasta qualquer pasta nojenta e vencida, umedecida por outra coisa quente e também má cheirosa parecida com amoníaco. Do banho ensaboado cuidadosamente sem molhar meus olhos. Das suas noites mal dormidas por causa de minhas gripes e febres. Das idas ao médico. Do seu choro... Do meu choro com medo das agulhas. Das enfermeiras. Da catapora. Da Varicela. Do Sarampo. Da tosse cumprida. Do resfriado que logo passa.
Lembro de meus tombos do meu choro e de seu choro. De suas promessas para eu me curar. Das suas decepções, pois tivestes que me levar de volta ao médico.
Mãe como eu era feliz com estes teus cuidados!
Do que mais eu lembro?
De quando você voltava do seu trabalho, das balas doces que outros chamam de bombom, de meu primeiro brinquedo, das primeiras chuvas, da horta no fundo do quintal. Dos bolos feitos com carinho com fubá e cravo da Índia. Meu copo de leite quente numa noite fria. A sopa de legumes que você fazia. Minha roupa bem cuidada. Seu beijo na saída. Seu beijo na sua chegada. Seu beijo quando eu ia dormir. Seu bom dia no amanhecer. O meu primeiro puxão de orelhas. A primeira de várias séries de palmadas. Sua angustia. Seu sorriso.
Mais do que eu mais lembro?
Sua conversa com Deus quando falava de mim. Seus olhos úmidos. Seu soluço silencioso.
Sua inocência. Sua insistência. Seu amor por mim.
O que eu mais quero?
Que você seja feliz!
Não te ver sofre jamais!
Não importa sua cor, sua dor, seu credo, sua classe social, se almoçou, se jantou ou não, se mora na rua na lua ou numa mansão com lagos. Se és ou não no pensar de alguns ou de muitos boa ou má. Mas não existe uma mãe má.
Minha homenagem?
Eu não consigo homenagear uma mãe.
Mãe não é só isto! Mãe é renuncia, é pureza, é arte ser mãe.
Para homenageá-la, quero niná-la como fizeste comigo assim... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... Dorme mamãe... E baixinho poder dizer-lhe felicidade filhinha!
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